sexta-feira, agosto 27, 2010

Ibase: educação lidera reivindicações de jovens sul-americanos

Juventude da América do Sul está mais escolarizada que as antigas gerações

A juventude sul-americana é mais escolarizada atualmente do que as gerações passadas. Essa é uma das constatações do estudo feito nos últimos três anos com jovens de seis países da América do Sul (Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia) pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Instituto Polis e mais seis organizações parceiras. Os dados serão divulgados nesta quarta-feira. "Independente da faixa de escolaridade que você pegue entre jovens e adultos, os jovens são mais escolarizados, em maior proporção", afirmou à Agência Brasil a pesquisadora do Ibase, socióloga Patrícia Lânes, membro da equipe técnica geral da pesquisa. Sobre a religião, a percepção é que os jovens de hoje têm fé, mas não assumem uma religião. Acreditam em alguma coisa, mas não têm uma crença definida. De acordo com ela, houve um avanço em relação à escolaridade. "A gente conseguiu que as pessoas que estão no mundo hoje em dia sejam mais  escolarizadas". Apesar desse avanço, a educação continua aparecendo como uma das mais fortes demandas entre os jovens organizados, segundo o estudo, que será divulgado na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
"A gente tem movimentos importantes de estudantes tanto no Brasil, como no Chile, Uruguai, Paraguai, na Bolívia também, reivindicando uma educação de melhor qualidade". No caso do Brasil, os jovens priorizam a questão do passe livre ou da meia passagem, como forma no transporte público. O mesmo ocorre nos movimentos de jovens do Paraguai. Já no Chile, Patrícia Lânes revelou que a maior luta é a favor de mudanças na legislação em relação à educação pública. A lista elaborada pelo Ibase e seus parceiros prioriza, ainda, reivindicações da juventude sobre cultura, segurança pública e respeito aos direitos humanos, meio ambiente, transportes, saúde,  moradia e participação. "São as demandas que aparecem com maior recorrência no estudo, quando a gente ouvia esses jovens organizados".
Outro aspecto de destaque na pesquisa sobre a juventude da América do Sul é a questão do acesso à internet, a chamada conectividade. Essas três características (escolaridade, religiosidade, acesso à internet) são comuns à atual geração de jovens, embora existam distinções entre jovens que moram em áreas urbanas e rurais, observou Patrícia. Segundo ela, a internet é um dado novo que faz parte de uma realidade que se impõe para quem já nasceu em um mundo que tem no computador uma ferramenta social e de trabalho, diferentemente do que ocorria com as gerações passadas. "O que vai mudar é o que eles estão entendendo como qualidade, independentemente do tipo de movimento", externou Patrícia. 
 
Portal Terra Educação

quarta-feira, agosto 18, 2010

Vox Populi: Dilma vai a 45% e está 16 pontos na frente de Serra

Com 45% das intenções de voto, a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, abriu 16 pontos na liderança da corrida presidencial, segundo pesquisa Vox Populi divulgada nesta terça-feira (17) pelo Jornal da Band. Se a eleição fosse hoje, candidata petista venceria no primeiro turno, já que os adversários somados não ultrapassam as intenções de voto de Dilma.

Dilma teria 45% das intenções de voto, contra 29% do presidenciável tucano, José Serra, e 8% da candidata do PV, Marina Silva. Para levar a disputa primeiro turno, a quantidade de votos válidos contabilizados por um determinado candidato deve ser superior à soma dos votos obtidos pelos demais concorrentes.

Os demais candidatos não atingiram 1% das intenções de voto, 5% declararam voto branco ou nulo e outros 12% se disseram indecisos. A pesquisa estimulada, que mostra os nomes dos candidatos para os entrevistados, foi feita entre os dias 7 e 10 de agosto, após o primeiro debate entre presidenciáveis, realizado pela Band no dia 5 de agosto.

O instituto entrevistou 3 mil pessoas em 219 municípios de todos os Estados, incluindo o Distrito Federal e excluindo Roraima. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 22.956/10. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.

Dilma também aparece na frente na pesquisa espontânea, com 32% das intenções de voto, ainda segundo a Vox Populi/Band/iG. José Serra aparece em segundo, com 18%, e Marina Silva em terceiro, com 5% das intenções de voto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não é candidato, foi citado por 3% dos entrevistados. Outros 6% disseram votar nulo ou branco e 34% não sabem em quem votariam.

CNT/Sensus: Dilma lidera intenções de voto com 41,6%

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, lidera a disputa eleitoral com 41,6% das intenções de voto, segundo a pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje. O candidato do PSDB, José Serra, aparece em segundo com 31,6%, enquanto Marina Silva, do PV, vem na sequência com 8,5% das intenções de voto. Em quarto lugar está o candidato do PSTU, José Maria, com 1,9%, e em quinto, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), com 1,7%.

Na pesquisa espontânea, Dilma também ficou na primeira colocação, com 30,4% das menções. Serra vem em segundo com 20,2%, seguido de Marina Silva com 5%, de Zé Maria com 3%, de José Maria Eymael com 1,5% e de Plínio com 1,3%.

Na simulação de segundo turno, Dilma ganharia com 48,3% dos votos contra 36,6% de Serra. Já contra Marina Silva, Dilma venceria o segundo turno da eleição presidencial com 55,7% contra 23,3% da candidata do PV. A rejeição da petista medida na pesquisa foi de 25,3%, enquanto a de Serra ficou em 30,8% e a de Marina Silva, 29,7%.

A sondagem entrevistou duas mil pessoas em cinco regiões do País e 136 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 21.411/10 em 29 de julho.

Madureira lança candidatura com grande ato político

No dia 21 de julho fizemos o lançamento da nossa campanha rumo à câmara federal. O evento, que ocorreu no nosso novo comitê, contou com a participação de cerca de 150 pessoas, amigos e militantes que se empolgaram com a perspectiva de elegermos um representante legítimo das lutas por melhorias na educação do nosso país.
Diversas lideranças do nosso estado estiveram presentes como a secretária de educação de Nova Iguaçu, Dilcéia Quintela, que falou sobre a importância de levantarmos a bandeira de mais educação e que ninguém melhor do que um professor para assumir esse compromisso. Alguns candidatos à dep. Estadual destacaram a importância da parceria que estamos construindo para darmos a Dilma uma grande vitória em nosso estado.
As entidades estudantis também estiveram presentes. Tanto Flávia Calé, Presidente da União estadual de estudantes, como Sophia Oliveira, Presidente da Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas lembraram da minha trajetória nas lutas estudantis e que essa tem tudo para ser uma campanha que vai mobilizar a juventude em torno das propostas que queremos implementar em Brasília.
Depois do lançamento, vamos arregaçar as mangas e dialogar com a sociedade sobre os problemas e as possíveis soluções para o nosso sistema educacional, pois não há desenvolvimento sem educação!!!
Venha com a gente, visite o nosso comitê!!!!
Pça Tiradentes 10, 29 andar- tel. 22429865

O Brasil precisa de mais educação

A eleição de 2010 definirá a continuidade ou o retrocesso nas mudanças estruturais iniciadas pelo governo LULA com a nova política de desenvolvimento nacional com valorização do trabalho. Porém, nenhum projeto de desenvolvimento se sustentará sem investimento maciço em educação.
Hoje o Brasil cresce e se desenvolve, mas, para continuar nesse rumo precisará de jovens, homens e mulheres, qualificados para assumir as oportunidades criadas por esse novo ciclo.
Nosso sistema educacional é o lugar para gerar essa qualificação, mas, para cumprir esse papel , será necessário mudá-lo.
Dois fatos importantes apontam neste sentido: A realização da conferência nacional de educação e a nova regulamentação da exploração do petróleo com a descoberta do pré-sal.
O centro da conferência foi a construção de um sistema nacional articulado, regulamentação do ensino privado, valorização dos profissionais, formação inicial e continuada e o financiamento do sistema para os próximos dez anos.
Com a descoberta do pré-sal é imperativo garantir na nova regulamentação, sem redução das receitas já existentes, o financiamento necessário para aumentar a qualidade do ensino em todos os níveis.
Os profissionais da educação e a juventude, unidos com outras categorias profissionais, precisam eleger Dilma presidente e parlamentares comprometidos com essa causa.

Entrevista publicada no jornal CBT educação RJ*

Esta minha entrevista foi publicada em abril no jornal da CTB educação/RJ, no mês de abril.
Quando a educação vai ser prioridade de fato?

É preciso analisar as políticas publicas que estão em curso no país e comparar com o que foi realizado nos outros governos. Da redemocratização até os dias de hoje, entendo que na era Lula essa prioridade foi um fato real, concordem ou não com as políticas encaminhadas. Posso citar algumas iniciativas: Reuni, construção de novas escolas técnicas, construção de novas universidades, piso nacional do magistério, reserva de vagas, cotas para negros, etc. Nestes oito anos de governo Lula o tema central é o desenvolvimento nacional, porém o que precisa ficar claro para todos é que não existe desenvolvimento sem investimento na educação.


O que precisa ser feito para melhorar a educação?

Articular todos os níveis do ensino brasileiro, da alfabetização ao ensino superior, e consolidar uma política educacional de Estado para União, estados e municípios. Aumentar a verba destinada para educação. Valorizar a profissão (ser) e o profissional (exercer). Há uma grande expectativa para que essas diretrizes, aprovadas na CONAE, se tornem políticas publicas de fato.

Agora é sentar e esperar, simples assim?

As únicas coisas que caem do céu são: chuva, granizo, avião, bomba e cocô de pombo. Hoje existe um contexto que impõem a necessidade de mexer na estrutura educacional brasileira. Nenhum país atingiu um grau de pleno desenvolvimento sem investir maciçamente em educação. Isso só será garantido com muita mobilização da sociedade civil, união entre os profissionais da educação e com os estudantes.

Que contexto é esse?

A alta tecnologia é o retrato do século XXI. Em qualquer área do nosso cotidiano, da mais simples atividade doméstica ou de lazer até a mais alta atividade produtiva ou governamental, passando pelo exercício heróico da docência e da produção acadêmica, ela esta presente. A palavra chave do nosso tempo é ciência e tecnologia.

Quais as implicações desse novo tempo para educação brasileira?

No meu entender uma inadiável universalização do ensino, da alfabetização ao 3º grau, maior investimento na produção de ciência e tecnologia, a introdução das novas tecnologias nas praticas pedagógicas e retomar o debate sobre a educação em tempo integral.

Quem vai pagar essa conta?

A responsabilidade de financiar a educação é do Estado. Até mesmo as instituições privadas sobrevivem com verba dos cofres públicos. O que precisamos debater é se o orçamento, hoje, destinado para educação é suficiente para dar conta dos novos desafios. No meu entender não.

Por quê?

Universalizar o ensino da alfabetização ao 3º grau implica em cuidar das unidades existentes, construir novas instituições de ensino, de pesquisa, aparelha-las com os mais modernos equipamentos, material didático, bibliotecas, contratar mais pessoal, melhor remunerá-los e garantir formação continuada sem ônus para os próprios. As previsões legais do que deve ser destinado para educação na união, nos estados e municípios, Art. 212 da constituição, se aplicados à risca, hoje são suficientes? Com a descoberta do pré-sal não podemos deixar passar a oportunidade de aumentar os investimentos na educação.


Não seria suficiente um choque de gestão?

Boa pergunta. Hoje existem duas correntes: a privatista e a desenvolvimentista. A privatista defende que dinheiro existe e não devemos aumentar os “gastos”, basta um choque de gestão para por ordem nos trilhos, caso precise de mais o caminho é buscar na “sociedade”, ou seja, na iniciativa privada.

E a desenvolvimentista?

Esta corrente entende que educação é investimento e não gasto. Acredita que para fortalecer a nação é preciso sim gerir bem as finanças publicas, mas também é necessário fortalecer o sistema público de ensino, em todos os níveis. A educação precisa ser vista como parte estruturante do desenvolvimento nacional e não como mercadoria.

E o ensino privado?

É preciso mudar o art. 209 da Constituição Federal. A educação não pode ser de livre iniciativa privada. É preciso mudar para concessão de serviço público. Assim seria possível controlar e cobrar melhores resultados educacionais.

E a qualidade do ensino?


Acredito que a qualidade do ensino pode melhorar muito se observarmos um tripé básico: condições de trabalho adequadas, profissionais com boa formação inicial/continuada e boa remuneração. Outra coisa que pode ajudar e muito é a desvinculação do sistema de avaliação da remuneração profissional.

*Esta entervista foi atualizada.

Mais Educação... É disso que precisamos

Veja algumas de nossas propostas
  • Em defesa do direito a uma educação emancipadora
  • Contra a mercantilização da educação
  • Expansão rumo a universalização da educação publica em todos os níveis
  • Pelo fim do vestibular
  • Valorização dos profissionais da educação
  • Desvinculação da avaliação de desempenho da remuneração dos profissionais
  • Defesa do piso nacional do magistério
  • Criação da data base do magistério
  • Definição de qual índice será usado para o reajuste anual
  • Revisão da LDB – (EJA)
  • Articular as redes de ensino nacionalmente
  • Alterar o artigo 209 da constituição brasileira ( ensino privado )
  • Proibição do capital estrangeiro nas universidades particulares
  • Aumento do percentual de investimento do PIB na educação para 10%
  • Contra a terceirização dos serviços das escolas
  • Democratização da gestão
  • Eleição para dirigentes das instituições educacionais
  • 50% do fundo do pré-sal para educação
  • Reforma universitária
  • Ampliação do acesso ao ensino superior
  • Criação do Fórum Nacional em Defesa da Educação Publica
  • Defesa da reserva de vagas e das ações afirmativas
  • Fim do “SPC” da educação
  • Uma creche por bairro no mínimo
  • Cuidar mais e melhor da saúde do professor

A História de JC Madureira

Nascido em São Cristóvão, carioca da gema, José Carlos Madureira começou sua vida política no Méier, nas manifestações contra o aumento abusivo das mensalidades escolares e não parou mais. Fundou o grêmio estudantil Nelson Mandela em sua escola, atuando na zonal Méier da Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas do Rio (AMES). Ingressou da União da Juventude Socialista (UJS) na luta pela aprovação do voto aos 16 anos e na organização da primeira campanha de alistamento eleitoral em 1988.


Do Governo Collor até o de Fernando Henrique, JC Madureira sempre se posicionou contra as privatizações das estatais brasileiras, defendendo a Petrobrás, Furnas, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Vale, Telebrás entre outras. Já nesta época era contra a introdução das concepções e gestões privatistas na educação pública.

Participou da ECO-92 (conferência internacional do meio ambiente), no Rio de Janeiro, organizando a Tenda da Juventude e as manifestações juvenis mais avançadas naquele momento.

Em 1992, como presidente estadual da UJS, ficou a frente junto com Lindberg Farias, nas mobilizações dos Caras Pintadas pelo Fora Collor. No ano seguinte, já na direção nacional da UJS, organizava as manifestações para defender a instalação da CPI dos Anões do Orçamento e a campanha nacional contra a redução da maior idade penal.

Tornou-se membro do DCE-UFRJ e do conselho universitário em 1998, participando das manifestações em defesa da democracia e da autonomia universitária contra o golpe de FHC e Paulo Renato que não empossou o candidato vencedor da eleição para reitor, Aloísio Teixeira, nomeando em seu lugar o concorrente derrotado nas urnas. Trabalhando sempre em unidade com as diversas correntes de pensamento progressista, ajudou a construir o movimento de ocupação da Reitoria exigindo a saída do interventor.

Logo que se tornou professor de sociologia da rede pública não perdeu tempo e já se apresentou para defender a educação e os profissionais que nela trabalham, onde logo se destacou como liderança do sindicato de profissionais de educação do estado do Rio de Janeiro.

Fundador do sindicato dos sociólogos do estado do Rio de Janeiro, compondo também sua diretoria, participou incansavelmente pela implementação da sociologia e filosofia no ensino médio.

Não vacilou no debate sobre os rumos do movimento sindical brasileiro e participou da fundação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), sendo eleito para executiva estadual do Rio de Janeiro.

Atento aos acontecimentos de sua época, passa a estudar e observar a importância dos meios de comunicação e a necessidade de sua democratização. Com esse espírito foi eleito para diretoria da Tv Comunitária RJ.

Candidato pela primeira vez e de ficha limpa, acredita que o Brasil entrou em um novo ciclo desenvolvimentista e caminha para dar um salto civilizatório. Avalia ser muito importante eleger em 3 de outubro, muitos senadores e deputados progressistas para manter o Brasil no caminho das mudanças. É com esta compreensão que dispôs o seu nome para concorrer a uma vaga de deputado federal pelo PCdoB.

Na sua trajetória não encontramos duvidas, nem vacilação. Escolheu seu lado desde quando freqüentava os bancos escolares. Nele, encontramos firmeza, ousadia, determinação, respeito a diferença, capacidade de diálogo e rumo claro.